Disfunções sexuais femininas

A fisiologia da resposta sexual feminina ainda não é conhecida de maneira total, porém, envolve alguns fatores hormonais (como os estrogênios) e também do sistema nervoso central.

O desejo de realizar a atividade sexual é chamado de motivação. Essa vontade pode ser desencadeada de diversas formas, como por pensamentos, toque, cheiros, imagens ou palavras.

A excitação envolve ativar regiões do cérebro que estejam associadas com a cognição, motivação, emoção e organização da congestão genital. Integram também o processo de excitação os neurotransmissores, que atuam em receptores específicos. Exemplos incluem a dopamina, noradrenalina e melanocortina.

A congestão genital acontece depois de um estímulo sexual, provocando a lubrificação feminina. Tal ação é desencadeada pela avaliação do cérebro como biologicamente sexual. O orgasmo é o pico da excitação, acompanhado por contrações dos músculos pélvicos.

Classificação das disfunções sexuais femininas

A disfunção sexual feminina pode provocar o aumento ou decréscimo da sensibilidade sexual, sendo classificada pelos sintomas. Existem 5 categorias principais de redução do desejo e uma de aumento, chamada síndrome da excitação sexual persistente.

Distúrbio de interesse sexual: caracterizado pela falta ou redução do interesse sexual, bem como o desejo, pensamentos, fantasias e diminuição do desejo reativo.

Distúrbio da excitação sexual: falta de excitação genital, subjetiva ou das duas.

Distúrbio orgásmico: quando não há orgasmo, ou quando acontece com a intensidade muito diminuída. Além disso, pode ocorrer quando o orgasmo se dá com atraso exagerado em resposta à estimulação, embora ocorram altos níveis de excitação subjetiva.

Vaginismo: nome dado ao estreitamento involuntário do diâmetro da vagina quando ocorre a tentativa de acessá-la, embora a mulher tenha muito desejo de ser penetrada e não existam outras anormalidades físicas ou da estrutura.

Dispareunia: dor que ocorre na tentativa ou durante a penetração vaginal e/ou relação sexual.

Síndrome da excitação sexual persistente: acontece quando a mulher possui excitação genital em excesso.

O tratamento da disfunção sexual feminina envolve a educação sexual, a psicoterapia e a terapia sexual , variando conforme o diagnóstico de cada caso. Também podem ser indicados medicamentos, quando há comorbidades como depressão ou ansiedade, ou sintomas associados ao climatério.

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